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Durante a quarentena cresce o número de violência doméstica

  • Foto do escritor: Myriã Almas e Ana Nunes
    Myriã Almas e Ana Nunes
  • 27 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

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Somente no estado de São Paulo houve um aumento de 19,8% aos pedidos de socorros emitidos dentro de casa desde o início do isolamento social.


A quarentena ocorrida pela pandemia do novo coronavírus pressiona muitas mulheres a uma realidade cruel. O convívio prolongado com seus parceiros dentro de casa pode representar um risco, especialmente quando se trata de uma doença que está afetando o mundo inteiro, assim, causando a muitas pessoas crises de ansiedade, insegurança, “nervos à flor da pele”, que podem elevar as tensões e os conflitos. Este cenário pode agravar ou ser o estopim para violência doméstica.


À medida que o confinamento imposto pela pandemia de Covid-19 exacerba a violência de gênero nas famílias, especialistas também temem o aumento da subnotificação destes casos, uma vez que a restrição de circulação e a presença constante do agressor em casa pode impedir que muitas mulheres consigam buscar ajuda ou fazer uma denúncia.


Os números obtidos pela Folha relevam, uma aceleração dessa violência nos últimos seis dias da análise. De 20 de março e 7 de abril, término da primeira etapa da quarentena decretada pela gestão João Doria (PSDB), esse tipo de atendimento registrou alta de 16,9% (foram de 5.076 casos para 5.933), cerca de três pontos percentuais menos do que agora. Excluídos os registros dessa primeira etapa, o crescimento salta para 29,2%: são 2.000 casos anotados neste ano em apenas seis dias, contra 1.548 no período equivalente em 2019.


Segundo os dados de atendimento da Polícia Militar são um bom termômetro do aumento da violência porque são acionamentos feitos, muitas vezes, por vizinhos ou terceiros que conseguem perceber as agressões ocorrendo, e não necessariamente pelas vítimas. Os números da PM também são termômetros eficientes como tendência, pois atingem mesmo casos que, por motivos diversos, não chegam a ser registrados pela Polícia Civil e, assim, não entram para as estatísticas oficiais do governo, que toma como base os boletins de ocorrências.


CNJ cria grupo para diminuir violência doméstica durante quarentena


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou um grupo de trabalho para elaborar sugestões de medidas emergenciais para prevenir a violência doméstica. Segundo o órgão, a medida foi tomada após a confirmação do aumento dos casos registrados contra a mulher durante o isolamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus.


O grupo vai elaborar um diagnóstico da situação e propor o aperfeiçoamento da legislação que trata do tema. Entre as recomendações, o CNJ destacou a adoção de medidas que garantam maior rapidez e prioridade no atendimento das vítimas de violência doméstica e familiar no Poder Judiciário.

 
 
 

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